LARISSA MOLINA
O jornalismo é feito de informação que educa e transforma, segundo o jornalista Heródoto Barbeiro. Neste sentido, o desafio do jornalista ambiental do século 21 é conseguir cumprir o seu papel de educador. O caminho para esta vertente jornalística é ir além da denúncia sobre a degradação ambiental e construir uma consciência crítica na sociedade.
Foto: Bruna Sampaio |
No cumprimento deste papel educador, a TV tem grande responsabilidade para com a conscientização ambiental da população, isso porque segundo a Constituição Brasileira (capítulo 5°, art. 221) a televisão deve, preferencialmente, veicular produtos com finalidade educativa, informativa, cultural e artística. Além disso, pesquisas revelam que o brasileiro assiste TV cerca de 3h por dia (fonte: Portal Imprensa).
Heródoto classifica como matéria educativa aquela que consegue promover a mudança de hábitos, a expectativa de vida e a construção de um ideal. Algumas profissionais exercem esse jornalismo educador e outros ainda não atingiram tal patamar, segundo o jornalista.
“Se o brasileiro está disponível na frente da televisão por tantas horas, por que não desenvolver excelentes matérias sobre meio ambiente e, assim, educá-lo, fazê-lo adquirir uma consciência crítica a respeito?”, fala Heródoto.
Heródoto nega a existência do jornalismo sensacionalista
A posição de Heródoto vai ao encontro da opinião do jornalista José Pedro Martins, articulista no impresso Correio Popular, para quem o jornalismo ambiental deve revolucionar a lógica da imprensa. Mas contraria a posição do jornalista responsável pelo grupo Envolverde - Jornalismo e Sustentabilidade , Adalberto Marcondes. Ele afirma que o "jornalista não é educador, jornalista torna o público bem informado e não educado. Quem educa é o professor ou o educador ambiental. Não vamos confundir os papéis".
“O jornalismo, como também toda mídia, tem uma função educativa muito grande. As pessoas acordam já vendo notícia. É por isso que a mídia tem que ter noção de sua responsabilidade, do seu impacto na vida das pessoas”, afirma Martins.
Heródoto classifica como matéria educativa aquela que consegue promover a mudança de hábitos, a expectativa de vida e a construção de um ideal. Algumas profissionais exercem esse jornalismo educador e outros ainda não atingiram tal patamar, segundo o jornalista.
“Muitas vezes as pessoas acreditam que exercer a educação ambiental é se tornar super-homem e salvar o planeta. Eu acho que não. E a coisa mais difícil é, exatamente, promover uma transformação em coisas que aparentemente parecem pequenas, como, por exemplo, questionar por que as pessoas não separam o lixo orgânico do lixo reciclável em casa. Mas o jornalista tem que transformar o ser humano”, diz Heródoto.
Heródoto vê o jornalista, primeiramente, como cidadão
Heródoto vê o jornalista, primeiramente, como cidadão
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